Tasso Bangel

No dia 10 de abril de 2011, o compositor e arranjador Tasso Bangel foi o entrevistado, justamente na semana em que completava seus 80 anos. Na conversa, o aniversariante fala de como a frequência aos ensaios do coro de igreja no qual sua mãe cantava influenciou seu gosto pela música feita em conjunto, de vozes ou por orquestras, o que marcou seu trabalho no famoso Conjunto Farroupilha. Amante do que gosta de chamar de música culta, Tasso nunca deixou de compor dentro desta tradição, mas destaca que sua subsistência sempre lhe foi garantida pela música popular. Ao longo da entrevista, escutamos aquela que, segundo Bangel, foi a primeira gravação de Samba de uma nota só e a abertura da ópera Um romance gaúcho.

Tasso Bangel estudou no Instituto de Belas Artes e no Instituto Musical Porto Alegre. Em 1948, formou o Conjunto Farroupilha. Estabeleceu-se em São Paulo e esteve ainda à frente do grupo Tom da Terra e do Sexteto Brasil Cordas. Conquistou quatro prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte, como grupo vocal, compositor de música de câmara e sinfônica. De volta a Porto Alegre, atualmente ministra curso de composição e arranjo na Extensão em Música da UFRGS.

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Antônio Carlos Borges-Cunha

Foto: Alexandre Bazzo

O maestro e compositor Antônio Carlos Borges-Cunha foi o convidado do Música em Pessoa no dia 3 de abril de 2011. Na entrevista, ele repassa sua trajetória, desde a percepção, ainda na infância, de uma necessidade psicológica e física do som, que o levava a inventar instrumentos. Além disso, fala dos desafios que envolvem a formação de compositores contemporaneamente; comenta o trabalho de direção artística de uma orquestra, que entende ser análogo ao de composição; e alerta para a importância da música especialmente nos tempos atuais de aceleração.

Antônio Carlos Borges-Cunha iniciou sua carreira na Rádio Esmeralda, de Vacaria, e foi fundador do conjunto de baile Os Caudilhos. É bacharel em Composição pela UFRGS, mestre pelo New England Conservatory e doutor pela Universidade da Califórnia. Hoje é professor do Departamento de Música e do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRGS. Atua ainda como regente titular da Orquestra de Câmara Fundarte e diretor artístico da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro.

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Elda Pires

No dia 27 de março de 2011, a pianista Elda Pires foi a entrevistada do Música em Pessoa. Ela fala sobre sua iniciação musical em Dom Pedrito, sua cidade natal, imersa no repertório diversificado da escuta de rádios brasileiras, uruguaias e argentinas. Apesar da formação sempre voltada para a carreira solo, Elda se lembra de o gosto pela música de câmara ter sido despertado ainda na infância, nos duos caseiros com a irmã.

Elda Pires é bacharel em Piano pela UFRGS, onde foi aluna de Norma Bojunga e também estudou flauta doce com Isolde Frank. Atua especialmente como pianista acompanhadora. Foi professora da Fundarte, de Montenegro, durante quase vinte anos. Atualmente, dá aulas particulares para adultos em sua casa.

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Felipe Karam

O primeiro programa inédito de 2011 foi ao ar no dia 20 de março. Na entrevista, o violinista Felipe Karam recorda como o violino herdado pela mãe – exposto, intocável, no canto da sala – despertou sua curiosidade pelo instrumento. Fala também de sua aproximação com o forró e a rabeca ao longo do processo de construção de uma performance adequada do violino na música popular.

Felipe Karam é formado em Música pela UFRGS, mas vive na Inglaterra há sete anos. Lá desenvolve trabalhos em que busca incorporar o violino à música popular, reelaborando sua formação voltada ao repertório erudito. Um deles é o grupo Pocket Caravan, com o qual lançou dois discos: Landscapes e Seven steps from the border. Outro é sua atuação na ong Live music now, que leva espetáculos interativos a escolas, hospitais, asilos e presídios.

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