domingo, 30 de maio de 2010

Hubertus Hofmann


A terceira edição da série que comemorou o primeiro ano do Música em Pessoa foi veiculada no dia 28 de março de 2010. O entrevistado foi o pianista e compositor Hubertus Hofmann. Ele falou sobre a aquisição do gosto pela música ainda em casa, através da mãe musicista, que o enviou para Leipzig a fim de que ele integrasse o tradicional coro da Igreja de São Tomás (a mesma em que J. S. Bach atuou no período final de sua vida). Ao retomar sua formação de nível superior, Hofmann trouxe à tona recordações da Berlim do segundo pós-guerra e refletiu sobre o significado de fazer música naquele contexto. Além disso, o assíduo freqüentador dos concertos e recitais da cidade comentou a falta de inspiração que lhe tem tomado nos últimos tempos, mas não descartou a idéia de voltar a compor.

Hubertus Hofmann nasceu na Alemanha, em 1929. Após a Segunda Guerra Mundial, estudou na Escola Superior de Música de Berlim, onde concluiu o curso de piano e licenciatura. Depois de formado, trabalhou como acompanhador nos teatros estaduais de Mainz e Munique. Em 1962, radicou-se em Porto Alegre. Foi pianista titular da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre durante 35 anos e professor do Departamento de Música do IA/UFRGS por 30 anos, além de desenvolver importante atuação como compositor.

Para ouvir esta entrevista, faça o download aqui.

sábado, 29 de maio de 2010

Dirce Knijnik

Na segunda edição da série que comemorou o primeiro ano do Música em Pessoa homenageando os ex-professores do Departamento de Música do IA/UFRGS, a entrevistada foi a pianista Dirce Knijnik. O programa foi ao ar no dia 21 de março de 1010. Dirce repassou sua trajetória, relembrando momentos como sua chegada a Porto Alegre na véspera do Golpe Militar para realizar a seleção na universidade, mas mostrou-se pouco afeita à palavra; preferiu deixar que a música falasse por ela.

A carioca Dirce Knijnik iniciou seus estudos ainda em casa, sob a orientação de sua irmã mais velha. Mais tarde, formou-se na Escola Nacional de Música da Universidade Federal do Rio de janeiro, obtendo medalha de ouro. Trabalhou com música de câmara ao lado de artistas consagrados e também atuou como solista, sob a regência de maestros como Leo Perachi, Alceu Bochino, Eleazar de Carvalho, Jean Jacques Pagnot, Arlindo Teixeira e John Neschling. Dirce fez sua estréia internacional no Town Hall, em Nova York, em 1964. Neste mesmo ano, radicou-se em Porto Alegre. Foi professora titular de piano do Departamento de Música do IA/UFRGS durante 24 anos.

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domingo, 2 de maio de 2010

Zuleika Rosa Guedes

Foto: Flávio Dutra

Para comemorar o seu primeiro aniversário, o Música em Pessoa começou o ano homenageando e resgatando as histórias de uma geração que formou os músicos hoje atuantes em nosso meio. No dia 14 de março de 2010, teve início uma série de entrevistas com ex-professores do Departamento de Música do Instituto de Artes da UFRGS. A primeira convidada foi a pianista Zuleika Rosa Guedes.

Uma das mais ativas intérpretes gaúchas do século XX, Zuleika atualmente está aposentada. Foi professora do Instituto de Artes durante 25 anos. Paralelamente, atuou como concertista, mas, com o distanciamento que o passar dos anos permite, ela avalia que o mais importante de sua trajetória foi o trabalho com o Trio Porto Alegre, conjunto de câmara que se manteve em atividade por 30 anos. “A música de câmara é a única conversa em que as pessoas realmente se entendem”, diz ela. Na entrevista que concedeu ao Música em Pessoa, a pianista faz piada com seus 91 anos, fala de sua relação com o marido Paulo Guedes, reconstitui o contexto musical do Rio Grande do Sul à época de sua formação como musicista e se permite apontar problemas que cercam esse meio hoje em dia.

Para ouvir este programa, faça o download aqui.